Quem nunca iniciou um treinamento e no final não conseguiu reter nem 10% do conteúdo que foi transmitido? Ou então, será que você já se perguntou o tempo que conseguem ficar concentrado, com foco total em novas informações? O fato é que nossa atenção está cada vez mais disputada com o excesso de informações, o que faz a atenção plena tornar-se cada vez mais curta. Não é à toa que os storys do Instagram e os shots do Youtube fazem sucesso (já parou para pensar nisso?).
Se acrescentarmos isso com o ritmo acelerado da vida profissional e a necessidade de atualização constante, é preciso pensar em novas abordagens de aprendizado. E é nesse contexto que o conceito de nanolearning surge como uma solução inovadora.
O nanolearning é uma abordagem de aprendizado que oferece informações e conhecimentos em pequenas doses, facilmente digeríveis e acessíveis, sendo usado como uma estratégia de aprendizado que se baseia em fornecer conteúdo educacional em unidades pequenas, geralmente em formato digital, que podem ser consumidas rapidamente. Essas unidades, chamadas de “microlições” ou “microconteúdos”, são projetadas para fornecer informações específicas, objetivas e práticas em um curto período de tempo.
Dentre os inúmeros benefícios dessa ferramenta, podemos elencar a acessibilidade, tendo em vista que o conteúdo de aprendizagem está disponível em dispositivos móveis e pode ser acessado a qualquer hora e em qualquer lugar, permitindo que os colaboradores aprendam no seu próprio ritmo e conveniência.
Já que os conteúdos são apresentados de forma mais rápida, facilita a retenção de conhecimento e acaba gerando um maior engajamento se aplicado de forma interativa e envolvente, com o uso de recursos multimídia, jogos, quizzes e outros elementos interativos que tornam a experiência de aprendizado mais dinâmica e interessante.
Na aplicação, o RH pode ser bem criativo e pensar nas áreas que mais têm dificuldade em treinar, capacitar ou desenvolver, em processos do dia a dia do setor ou no onboarding, fornecendo informações relevantes sobre a cultura, valores e processos da organização, facilitando a assimilação gradual dessas informações.
Outra forma é utilizar a estratégia para manter a técnica aplicada de forma eficiente, em capacitações de atualização e reciclagem, disponibilizando conteúdos regulares e rápidos sobre informações relevantes para os colaboradores, garantindo que eles estejam atualizados com as últimas tendências e conhecimentos em sua área de atuação.
As mudanças aceleradas e a utilização da tecnologia devem ser acompanhadas pelos RHs que muitas vezes não estão capacitados suficientemente para aplicar de forma assertiva as novas ferramentas de gestão. Existe um cuidado no momento de implantar projetos como treinamentos em plataformas que usam o nanolearning que é o momento de maturidade da empresa, pois devemos levar em consideração que muitas organizações não possuem estrutura (e nem cultura) para esse tipo de inovação.
Assim, é precisa dar um passo de cada vez, ajustando e organizando as políticas internas de RH para preparar os líderes e colaboradores para o programa de treinamento com o uso das pequenas doses de conhecimento.
